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17/06/2016

Práticas e debates no Curso de História

Entre os dias 30 de maio e 3 de junho o Curso de História da Faculdade de Ciências e Letras de Bragança Paulista – FESB promoveu sua 13ª Semana Interna de História intitulada Ensinar a Ensinar História. O evento teve como propósito apresentar dinâmicas pedagógicas, discutir possibilidades temáticas e refletir a respeito da prática docente nos anos finais do Ensino Fundamental e ensino Médio. Como é de tradição, o evento contou com a participação dos docentes ministrando palestras e oficinas e dos discentes que apresentaram paródias com temáticas históricas. 

            A palestra de abertura, ocorrida no dia 30 de maio, A Antiguidade em sala de aula: estratégias pedagógicas, ministrada pela professora e coordenadora Profa. Dra. Renata Cardoso Belleboni Rodrigues teve como objetivo apresentar algumas dinâmicas pedagógicas que auxiliam na mediação, compreensão e aprofundamento de temas relacionados ao ensino de História Antiga.

Na terça-feira, dia 31 de maio, foram ofertadas três oficinas, todas com atividades práticas que proporcionaram o enriquecimento dos conteúdos históricos e a colaboração mútua, uma vez que as mesmas foram executadas em grupo, promovendo a interação dos alunos dos três semestres. A oficina 1, Escavando o passado grego (maquetes de sítios arqueológicos da Grécia), igualmente ministrada pela Profa. Dra. Renata Cardoso Belleboni Rodrigues, teve como objetivo evidenciar que é possível “vivenciar” a Grécia antiga por meio da elaboração de mini sítios arqueológicos. Este dispositivo pedagógico não apenas possibilita visualizar um espaço em específico, mas igualmente nos permite trabalhar com questões como simbologia, poder, religiosidade, entre outros, no Ensino Fundamental e Ensino Médio. Na oficina 2, Arqueologia – Artefatos do homem pré-histórico americano, conduzida pela Profa. Esp. Carina Piovani Mora C. Souza, propôs uma reflexão geral acerca de algumas questões atuais da Arqueologia e sobre a utilização de alguns artefatos pelos homens pré-históricos americanos em território nacional, nos períodos que chamamos de Paleolítico e Neolítico. Através de algumas técnicas da Arqueologia foram reproduzidas a escavação em escala reduzida, a descrição, a análise, a representação e a apresentação dos objetos. Além de entrarem em contato com essas técnicas, os participantes vivenciaram uma atividade prática que pode ser utilizada em sala de aula, com alunos, tanto do Ensino Fundamental quanto do Médio. Já a oficina 3, Mapas, História e Geopolítica, dirigida pelo Prof. Esp. Pedro Marcelo Galasso, propôs a utilização de mapas como instrumentos de reflexão e de compreensão histórica ao dar espacialidade a um fato histórico pré-definido. Neste caso, a oficina teve como tema as questões que envolvem a formação do Estado de Israel e suas disputas por territórios, segurança e afirmação frente a um espaço tomado por países majoritariamente islâmicos que vêem o Estado de Israel como um inimigo a ser combatido. As guerras entre o Estado de Israel e os países árabes, após 1948, foram o eixo central das discussões e das confecções dos mapas que poderão ser utilizados na futura prática docente.

Na quarta-feira, dia 1ºde junho, ocorreu o Cine Debate, Uma reflexão  sobre as tramas da vida: trabalho e educação, mediado pelos professores Prof. Dr. José Fernando Teles da Rocha e Prof. Ms. Edmilson Nogueira. Os curtas debatidos foram: A VIDA de Jum Ki –Kim, da Coreia do Sul, 2003, VIDA MARIA de Marcio Ramos - Ceará, 2006, EL EMPLEO de Santiago Grasso, Argentina e uma Entrevista  transmitida pela GLOBO NEWS. O debate proporcionado pelas colocações dos professores e alunos foi elogiado por todos os participantes.

No dia 2 de junho outras três oficinas foram ministradas: História e Cinema na Sala de Aula, dirigida pelo Prof. Ms. Rafael de Almeida Serra Dias. Esta atividade propôs capacitar os participantes para o exercício crítico de reflexão sobre o Cinema e as suas relações com a História. A prática do ensino de História coloca qualquer professor em contato com uma questão complexa, como levar os seus alunos a pensarem sobre outros períodos históricos. Um dispositivo pedagógico muito utilizado para alcançar essa abstração intelectual que é imaginar outros tempos, que não foram vividos pelos alunos é o cinema. Entretanto como qualquer registro histórico deixado pelos seres humanos o cinema não é neutro, ele tem motivações, é composto por uma narrativa que propõe leituras sobre o passado. Como conciliar estas duas questões a utilização do cinema enquanto ferramenta didática e sem excluir a sua condição de fonte histórica foi um dos objetivos da oficina. Foi apresentado um panorama dos debates teóricos metodológicos envolvendo o cinema enquanto uma produção cultural de um determinado tempo histórico e refletido a respeito de como estas questões metodológicas permitem que os participante sejam capacitados a utilizar obras cinematográficas, na sua dupla função: enquanto fonte histórica e também como objeto de estudo. Já a oficina 5, proferida pela Profa. Esp. Bruna Vieira Molon, ex-aluna do curso de História, teve como tema central O Currículo de História do Estado de São Paulo. Neste momento foi discutido a ação da Secretária da Educação do Estado de São Paulo  que propôs, em 2008, um currículo básico para as escolas da rede estadual nos níveis de Ensino Fundamental (Ciclo II) e Ensino Médio com o objetivo de unificar o ensino da maior rede estatual do país com uma abordagem pautada em habilidades e competências. A oficina buscou apresentar essa estrutura, seus métodos e estratégias de trabalho, permitindo uma reflexão acerca do material mais utilizado no Estado de São Paulo. Como utilizar e complementar o enriquecimento das aulas para quem busca ingressar no ensino público do Estado de São Paulo foram os objetivos da oficina. A última dinâmica pedagógica apresentada foi a oficina 6, Cultura do Açúcar: elaborando um engenho, ministrada pela Profa. Esp. Nathálya Ferreira Raseira. Discutiu-se sobre o papel dos engenhos no Brasil. O açúcar, conhecido como ouro branco, era um produto tropical de grande valor no mercado europeu. Sua cultura, na América portuguesa, veio atender a necessidade desse mercado externo, uma vez que aqui os metais precisos não foram encontrados tão cedo. Na região Nordeste da colônia, a cana encontra solo fértil para se desenvolver. A princípio, era conhecido como engenho o local onde o açúcar era fabricado. Com o passar do tempo o nome ‘engenho’ estende-se a toda a propriedade canavieira, composta pela casa grande, a senzala, capela, engenho, entre outros. A proposta da oficina foi a montagem de maquetes de engenho.

O último dia da Semana de História, 3 de junho, foi dedicado às participações do alunos que apresentaram paródias históricas produzidas a partir de temas trabalhados em sala de aula que poderão ser utilizadas nos anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Por esta participação agradecemos a todos os discentes.

A coordenação aproveita este espaço para agradecer, igualmente, a todos os docentes do curso pela colaboração e cooperação. Apenas por essa ação conjunta foi possível oferecer aos nossos discentes uma semana de estudos, reflexões e práticas tão necessária à formação do professor de História.

 

Renata Cardoso Belleboni Rodrigues

Coordenadora do Curso de Licenciatura em História

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