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01/09/2014

Aula inaugural do curso de história

Aracne e Eco: companheiras ou inimigas de Clio? A história que se transforma em História: a escrita historiográfica e as implicações do docente historiador Palestrante: Profa. Dra. Renata C. Belleboni Como a história se transforma em História? Em outras palavras, como as ações dos homens no tempo se tornam objeto de ensino da História? Para estas perguntas, uma só resposta? Não. Múltiplas possibilidades, desde as teóricas até as metodológicas, passando pelas questões de visões de mundo e experiências pessoais e pelos problemas das fontes. O ofício historiador é bem parecido com aquele de Aracne: tecer redes de significados. O ofício docente, por vezes, pode ser parecido com aquele de Eco. É justamente essa última realidade que precisa ser transformada... o professor de História não deve ecoar o que ouve, pois, como afirma Detienne (1998, p. 226-227): “O ouvido é infiel e a boca é sua cúmplice. Frágil, a memória é igualmente enganadora: ela seleciona, interpreta, reconstrói”. E o docente nem pode ecoar o que lê, pois precisa tomar cuidado para não se transformar em involuntário porta-voz de personagens e registros, nem num refinado narrador de intrigas. O ofício historiador e a docência não são atividades distintas. O professor que desenvolve os saberes docentes lança mão da pesquisa. Quais são as implicações dessa tarefa? Renata Cardoso Belleboni Coordenadora do Curso de Licenciatura em História Contato: 11 40357800 – 2ªs e 5ªs das 15h às 16h